O superego e o limite

O superego e o limite

16 de junho de 2021 0 Por admin

De acordo com teorias psicanalíticas, as crianças aprendem as regras morais de seus pais e as emoções de culpa, vergonha e orgulho explicam o desenvolvimento moral.

Na abordagem de Sigmund Freud, o nosso juízo moral interno é denominado superego e corresponde a um dos 3 aspectos da nossa personalidade. Os outros 2 são o id, que tem relação com a impulsividade e o ego, que tem relação com a racionalidade. Estes 3 elementos trabalham de forma integrada para originar os nossos comportamentos.

O id é a parte estrutural da psique que está presente desde o nascimento e governa a personalidade nos 2 primeiros anos de vida.

Está relacionado aos instintos e seus impulsos. Aquela voz dentro da sua cabeça que representa o querer e eventualmente dispara um comportamento inconsequente. Se está com vontade, vá e faça! ? É o id se manifestando.

 

Por tratar-se do aspecto mais primitivo da personalidade, o id é regido pelo princípio do prazer, exigindo uma resposta imediata para todos os desejos, vontades e necessidades, sem levar em conta as consequências. Se estes desejos, vontades e necessidades não forem satisfeitos imediatamente, o resultado é um estado de ansiedade ou tensão.

 

O id é muito importante no início da infância porque os instintos de preservação da vida (como chorar até conseguir mamar) asseguram que as necessidades da criança sejam atendidas.

 

Embora o id seja fundamental para a sobrevivência da criança, é necessário que haja um freio. É inviável satisfazer todos os impulsos indefinidamente porque comportamentos desregrados são fontes de sérios conflitos com outras pessoas. Assim, da interação do indivíduo com a realidade surgem adequações na sua conduta, governadas por outra instância da personalidade: o ego.

 

O ego se desenvolve a partir do id logo após o nascimento e opera com base no princípio da realidade, esforçando-se para satisfazer os desejos do id de uma forma socialmente adequada. O princípio da realidade pesa os custos e os benefícios das ações, decidindo se deve desistir, ceder ou atrasar os impulsos do id.

 

Por volta dos 5 anos, o superego desenvolve-se a partir do ego. É o aspecto moral da personalidade, sendo regido pelo princípio da culpa, que fornece diretrizes para fazer julgamentos e exerce limites sobre a nossa conduta na relação com a realidade.

O superego se origina com a internalização das proibições, dos limites e da autoridade, configurando um indicativo interno de normas e valores sociais que foram transmitidos pelos pais.

 

O superego é a voz dentro da sua cabeça que representa o dever – não faça isso, pois não é certo – e se opõe ao id, na medida em que oferece condições para reconhecer e aceitar as regras, porque estabelece o limite.

 

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